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Governador João Azevêdo exonera diretora de escola estadual em Pedra Lavrada

Governador João Azevêdo (PSB) e Diretora da Escola Graciliano Fontini Lordão Luzia Helena Foto: Divulgação

Por Anderson Eliziário

O governador João Azevêdo (PSB) decidiu exonerar a diretora da Escola Cidadã Integral Estadual de Ensino Fundamental e Médio Graciliano Fontini Lordão, em Pedra Lavrada, Luzia Helena Souto de Vasconcelos Dantas, após o possível caso de desvio de verbas da merenda escolar , segundo Luzia Helena, praticado pela ex-coordenadora administrativa financeira (CAF) da escola Séfora Maria Porto de Sousa. A exoneração de Luzia Helena foi publicada no “Diário Oficial do Estado” desta quarta-feira (4).

A ex-diretora da Escola Estadual Graciliano Fontini Lordão, em Pedra Lavrada, Luzia Helena Dantas, em entrevista a REDE SERIDÓ PARAÍBA, no dia 21 de novembro, confirmou que a escola teve recursos destinados à merenda escolar dos alunos desviados pela coordenadora administrativa financeira da instituição de ensino estadual.

Leia: Diretora confirma desvio de verba da merenda escolar em Pedra Lavrada

Prefeito de Pedra Lavrada acusa gestão de escola estadual de desvio de verba da merenda escolar

A Rede Seridó Paraíba, Luzia Helena afirmou que a escola é administrada por um conselho escolar ativo denominado “Trio Gestor”, que é formado por: Gestor, Coordenador Administrativo Financeiro (CAF), Coordenador Pedagógico (CA) e os Coordenadores de áreas, além do presidente do conselho escolar.

Segundo Luzia, para ter acesso aos programas de transferência de recursos o gestor e o presidente do conselho possuem uma chave de acesso e que a coordenadora administrativa financeira era quem estava responsável por realizar todas as transações financeiras da escola.

“São duas chaves J. A chave J do diretor e a chave J do presidente do conselho, porque quando você esta fazendo as transferências ai valida com a chave J do gestor e a do presidente do conselho, mas o coordenador financeiro tinha todo o acesso às duas chaves”, disse.

Luzia sustentou que só descobriu os desvios das verbas da merenda após receber uma cobrança de um dos fornecedores da merenda da escola. E que quando não conseguiu baixar os extratos bancários da escola, procurou a unidade do Bradesco expresso, em Pedra Lavrada, para ter acesso ao histórico bancário, foi então que se confirmaram os desvios financeiros.

“O fornecedor me mandou uma mensagem cobrando um repasse do recurso da merenda que não tinha sido feito. Quando a gente foi abrir o gerenciador para tirar os extratos para saber o que estava acontecendo, o gerenciador estava travado e a gente não conseguiu abrir”, disse.

Luzia garantiu que os extratos bancários da escola mostram que foram realizadas seis transferências dos recursos da escola para a conta privada da coordenadora administrativa financeira Séfora Maria Porto de Sousa que totalizaram R$ 8.706,86.

As transferências aconteceram na seguinte ordem:
• 31/07/2019 – 2.000,00
• 02/08/2019 – 1.000,00
• 27/09/2019 – 1.200,00
• 22/10/2019 – 2.000,00
• 23/10 /2019– 996,86
• 30/10/2019 – 1.510,00
Total = R$ 8.706,86

Luzia pontuou que a coordenadora administrativa financeira também era a vice-diretora do Graciliano Fontini Lordão e que seu maior erro foi ter confiado demais, por isso, hoje se sente traída.

“Eu tinha confiança nela. Confiava e perguntava: Você já fez as transferências ? ela respondia que sim, ai sempre me dizia que tinha diminuído o recurso do almoço, mas essa diminuição era, justamente, o que ela transferia para a conta dela. O meu erro foi confiar demais, porque eu nunca tive problemas nesses nove anos de gestão escolar. Eu me senti traída, muito traída. Eu dei toda confiança e ela usou de má fé. Ela não pensou na escola, ela não pensou que tirou da boca dos estudantes […] Eu espero que seja feita justiça”, disse.

Luzia finalizou afirmando que a 4ª Gerência Regional de Ensino afastou a CAF da escola Graciliano e que um novo CAF deve ser designado, ainda este ano, para instituição de ensino. A diretora ressaltou que um Boletim de Ocorrência foi feito na delegacia do município de Picuí para que as providências judiciais fossem tomadas na esperança que os recurso desviados sejam devolvidos para os alunos.

Anderson Eliziário – REDE SERIDÓ PARAÍBA

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